Empatia e Inteligência Emocional são consideradas soft skills, ou seja, habilidades que podem ser treinadas e desenvolvidas por qualquer pessoa, assim como nós. E atualmente vêm se tornando essenciais para nós, tanto para as relações pessoais quanto para as relações profissionais e de negócios.
Significado de empatia
Entende-se por empatia a capacidade que nos permite compreender a dor, as alegrias, as frustrações e as preocupações das pessoas. Portanto é a habilidade de “se colocar no lugar do outro” para deste ponto entender seus sentimentos e emoções.
É interessante saber que o termo “empatia” tem sua origem no grego antigo “empatheia”, que significa “paixão”, “emoção” ou “sentimento”. No entanto, foi somente no século XX que o termo começou a ser usado com o sentido que lhe é atribuído hoje.
E é, frequentemente, creditado ao psicólogo alemão Theodore Lipps como tendo sido o primeiro a usar o termo “empatia” em seu sentido moderno na literatura psicológica, em um de seus artigos que foi publicado em 1903.
Empatia e Inteligência Emocional
Mais recentemente, em 1995, Daniel Goleman, psicólogo, autor e jornalista americano, publicou o livro Inteligência Emocional, em que ele estuda profundamente a Empatia e Inteligência Emocional.
Aqui, é importante destacarmos que Goleman aponta a Empatia como um dos 5 pilares da Inteligência Emocional.
E lembramos também que o termo Inteligência Emocional foi criado por dois psicólogos americanos, Peter Salovey e John D. Mayer, em um artigo científico publicado em 1990.
Eles definiram a Inteligência Emocional como “a capacidade de monitorar os próprios sentimentos e os dos outros, de discriminar entre eles e de usar essas informações para orientar o pensamento e as ações”.
No entanto, foi Daniel Goleman que popularizou o termo, tornando-se um amplamente estudado e utilizado em diferentes áreas, como psicologia, sociologia, filosofia, literatura, pedagogia, neurociência. entre outras.
Empatia Cognitiva
Existem 02 tipos diferentes de empatia: a empatia cognitiva e a empatia afetiva. E elas guardam diferenças significativas quanto aos aspectos da compreensão das emoções dos outros.
A empatia cognitiva é a capacidade de compreender e identificar as emoções de outra pessoa. Isso envolve a capacidade de reconhecer e interpretar sinais emocionais, como expressões faciais e linguagem corporal, bem como a habilidade de entender o que outra pessoa está sentindo, sem necessariamente sentir a mesma emoção.
Tal tipo de empatia envolve uma abordagem mais racional para entender as emoções alheias, e pode ser especialmente útil em situações em que é importante manter um certo distanciamento emocional, como em ambientes profissionais ou de saúde.
Empatia Afetiva
Por outro lado, a empatia afetiva é a capacidade de sentir e compartilhar as emoções. Isto envolve a habilidade de nos conectar emocionalmente com outra pessoa e sentir o que ela está sentindo. Embora poucos de nós consiga sentir exatamente o que o outro está a sentir.
Este tipo de empatia possibilita uma resposta emocional mais direta e pode ser especialmente útil em situações onde é importante demonstrar apoio emocional, como em relacionamentos pessoais ou terapêuticos.
Em resumo, a empatia cognitiva envolve a compreensão intelectual das emoções dos outros, enquanto a empatia afetiva envolve a experiência emocional direta das emoções dos outros.
Ambas as maneiras de empatia são importantes para que estabeleçamos relações interpessoais saudáveis, adequadas aos contextos profissionais e pessoais, contribuindo para uma comunicação mais eficaz.
Como utilizar a empatia no dia a dia
A empatia é uma habilidade e como toda habilidade pode ser praticada e aprimorada. Ela pode ser utilizada em nosso dia a dia, sendo aplicada em diversas situações, sendo muito bem-vinda na nossa vida pessoal, como também na esfera profissional.
Aqui estão algumas maneiras de usar a empatia e inteligência emocional no seu dia a dia:
- Ouça ativamente: Quando você está conversando com alguém, concentre-se em ouvir atentamente o que a pessoa está dizendo, sem julgar ou interromper. Se esforce para entender a perspectiva do outro e demostre seu real interesse em ouvir e compreender.
- Esteja presente: Talvez o maior dos desafios da prática da empatia. Manter-se focado na fala do outro, sem checar o celular, sem rabiscar alguma coisa ou sem desviar o olhar para outra pessoa ou coisa no entorno
- Coloque-se no lugar do outro: Tente se colocar no lugar da pessoa e imaginar como ela pode estar se sentindo. Isso fará com que você tenha uma compreensão mais profunda das emoções da pessoa e, assim, se comunicar de maneira mais eficaz com ela.
- Reconheça as emoções da pessoa que fala: Esteja atento às emoções dos outros e reconheça como elas podem estar afetando a negativamente a pessoa. Esta ação propicia que você responda de maneira apropriada, sendo aqui um belo exemplo de empatia e inteligência emocional.
- Seja genuíno: Ao se comunicar com os outros, tente ser autêntico e mostrar suas próprias emoções, quando apropriado. Pois isso tende a criar uma conexão emocional, estabelecendo assim uma relação de confiança.
- Pratique a empatia diariamente: Procure oportunidades para praticar a empatia todos os dias, seja com familiares, amigos, colegas de trabalho ou até mesmo com estranhos. A empatia é uma habilidade que se desenvolve com a prática, portanto, quanto mais você a utilizar, mais natural ela se tornará.
E há muita beleza nesta prática. E quanto mais sincera, mais real. No entanto, é na repetição deste conjunto de possibilidades empáticas é que surge o hábito. A partir deste momento será um comportamento automático e repleto de humanidade.
A importância da Empatia e Inteligência Emocional
Sim, a empatia é uma habilidade demasiadamente humana e cada vez mais necessárias na atualidade. Pois o que nós vemos são pessoas hiperconectadas com seus smartphones, mergulhadas nas muitas redes sociais e sem foco. Porém, na real, pouco conectadas verdadeiramente uns com os outros.
Viver com empatia e inteligência emocional nos ajuda a incrementar a nossa comunicação e consequentemente melhorar as nossas relações interpessoais e profissionais, ajudando assim a construir relacionamentos mais fortes e saudáveis.